Marcelo Ádams

Marcelo Ádams

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Refilmagens

A Elisa Viali, num post, me sugeriu escrever sobre refilmagens, ou remakes, de filmes. Achei legal e resolvi falar sobre alguns. Obviamente sem esgotar a questão, porque, atualmente, pelo menos nos EUA, mais se refazem filmes antigos do que se concebem obras originais. Haja visto a quantidade de filmes de horror japoneses e coreanos que inundam os cinemas com versões americanas. Salvo da vala comum O chamado (The ring, dirigido por Gore Verbinski, em 2002), realmente assustador.
O primeiro filme que me veio a cabeça pela sua completa desnecessidade, foi a versão de Gus Van Sant de Psicose. Van Sant cometeu essa homenagem (sim, pois seu filme era uma cópia colorida do clássico de 1960 de Alfred Hitchcock, com os mesmos enquadramentos, praticamente um clone) em 1998, substituindo os memoráveis Anthony Perkins e Janet Leigh, pelos pouco memoráveis Vince Vaughn e Anne Heche. Me diz: para que refilmar o que já é perfeito, e não poderá ser superado?!
Outro remake, esse transcontinental, é de Acossado, de Jean-Luc Godard, um dos filmes seminais da Nouvelle vague francesa, de 1960, transfomado em Breathless (ou A força do amor, no Brasil), produção de 1983, dirigida por Jim McBride, colocando Richard Gere no lugar de Jean-Paul Belmondo. Os norte-americanos adoram os franceses, mas isso não é recíproco.
Agora, um bom exemplo de refilmagem que supera o original: Ben-Hur: A tale of the Christ, filme dirigido em 1925 nos EUA, por Fred Niblo, foi refilmado como Ben Hur, em 1959, sob a direção de William Wyler. A versão de Wyler foi, durante décadas, o filme vencedor do maior número de Oscar (onze estatuetas). Charlton Heston, no papel de Judah Ben Hur, redime em parte o seu reacionarismo no fim da vida, quando defendeu ferrenhamente o porte de armas nos EUA, apesar dos constante massacres por lá.

3 comentários:

  1. Acabo de acrescentar o teu blog na minha lista com o maior prazer! Além de admirar profundamente o teu trabalho nos palcos, vou ter que "tirar meu chapéu" para o teu jeito de escrever. Talento é assim: se expande!

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  2. Que bom te ter como leitora, Helena. Também visito sempre o teu, e sinto falta de te ver escrever mais! Beijo.

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  3. Remakes anunciados para este ano:
    Barbarella
    Os Pássaros
    Fahrenheit 451
    Sexta-feira 13

    Por quê? Por quê?? Por quê???

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