Marcelo Ádams

Marcelo Ádams

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Os fuzis da Sra. Carrar

Amanhã, dia 21 de outubro, será realizada a leitura dramática da peça OS FUZIS DA SRA. CARRAR, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, às 20 horas, no Teatro de Arena (Borges de Medeiros, 835), com ENTRADA FRANCA. A escolha do texto para essa leitura se deu por uma circunstância triste para o teatro gaúcho: neste ano perdemos o ator Jesus Tubalcain, que fez parte do elenco do Teatro de Arena em seus primeiros tempos (anos 1960 e 1970). Em 1968, Jesus participou de sua primeira montagem no Arena com a encenação desta peça; é portanto uma forma de homenagear esse ator que fez parte de um dos momentos mais importantes da história de nosso teatro.
Escrito por Brecht em 1937, o texto é um dos mais conhecidos deste grande teórico e encenador teatral do século XX, e é ambientado na região da Andaluzia, na Espanha (a mesma de Federico García Lorca). Durante a Guerra Civil Espanhola (iniciada em 1936), Teresa Carrar mantém sob sua guarda alguns fuzis que haviam pertencido ao seu finado marido. Quando seu irmão Pedro chega em sua casa, disposto a carregar consigo os fuzis, para que sejam utilizados na resistência contra o General Franco, a Sra. Carrar nega-se a entregá-los, acreditando que a violência não é a melhor saída. Uma série de embates éticos são travados entre as personagens, discutindo questões que envolvem o estado de guerra e as decisões que advêm de envolver-se diretamente ou não no conflito.
A leitura dramática tem direção de Marcelo Adams, e tem no elenco apenas mulheres, que interpretam também as personagens masculinas: Mirna Spritzer, Margarida Leoni Peixoto, Gisela Habeyche, Vika Schabbach, Luísa Herter e Lúcia Bendati.
Na mesma ocasião, será lançado o edital do Prêmio de Pesquisa em Artes Cênicas do Teatro de Arena, versão 2012.
Esta é uma foto da montagem original do Arena, de 1968. Jesus Tubalcain é o bigodudo. No elenco estavam atores atores como Ida Celina (querida parceira minha de palco), Ludoval Campos, Alba Rosa, Aparecida Dutra, entre outros, sob a direção de Wagner Mello.

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