O ator galês Richard Burton deixou sua marca no teatro e no cinema do século XX. Assisti a duas entrevistas concedidas por ele à BBC, nos anos 1970, e fiquei impressionado com a informação de que ele fumava de 60 a 100 cigarros por dia, além de ser alcoólatra. Perguntado pelo repórter se, pela excessiva ingestão de tabaco, ele não temia ter câncer de pulmão ou um AVC, Burton respondeu que sim: estava em seus planos largar o cigarro. Mas, que eu saiba, ele não conseguiu, e morreu precocemente, com menos de 60 anos, de uma hemorragia cerebral.
Os colegas de cena de Burton afirmavam ser ele de difícil convívio, compensada essa má convivência com os belos resultados conseguidos em suas atuações. Jamais ganhou um Oscar, apesar de ser indicado várias vezes: por Eu te matarei, querida (1952) como Ator Coadjuvante, mas nas seis indicações seguintes como protagonista - O manto sagrado (1953), Becket, o favorito do rei (1964), O espião que veio do frio (1965), Quem tem medo de Virginia Woolf? (1966), Ana dos mil dias (1969) e Equus (1977).
Burton teve dois tumultuados casamentos com Elizabeth Taylor (sim, dois: eles se divorciaram da primeira vez e casaram de novo, anos depois), e posso imaginar as bebedeiras conjuntas que devem ter vivido, já que Liz Taylor era igualmente alcoólatra.
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