Assisti hoje ao novo filme de Tim Burton, Alice no país das maravilhas. Tanto já se falou sobre essa produção adaptada das obras de Lewis Carroll, que o que vou escrever não é novidade: o filme é decepcionante, vindo de um criador de obras marcantes como Os fantasmas se divertem (Beetlejuice, 1988), Edward Mãos-de-tesoura (Edward Scissorhands, 1990), Batman, o retorno (Batman returns, 1992) e Ed Wood (1994). Nada do caráter profundamente psicanalítico de Carroll ficou: o filme virou uma aventura de ação, com aquela profusão de cenários e personagens construídos por computação gráfica, que conseguem irritar quase tanto quanto um ator ruim.
Outro assunto batido: stand up comedy. Tenho visto vários desses "humoristas em potencial", e sinto dizer que na grande maioria das vezes, não têm graça. É uma arte difícil a de narrar comicamente, e parece que a nova onda é essa. Talvez pela facilidade de erguer um espetáculo desse tipo, que não precisa de quase nada em termos de produção, talvez pelo sonho de que, para ser "popular", um espetáculo de humor é um passo mais curto. Ledos enganos. E não é porque tenho falta de senso de humor (isso, decididamente, não me falta), mas sou exigente, e não é qualquer piadinha que vai me conquistar. Não se subestima o riso, que é poderoso. Espero, com ansiedade, que essa onda de riso enlatado se esvazie logo, e que venham novas propostas.
Clap, clap, clap!
ResponderExcluirNão vi o filme ainda. Não posso opinar.
Mas a outra parte do post, compactuo e aplaudo. De pé.