Em novembro de 2006, estreamos na Sala Álvaro Moreyra, em Porto Alegre, o espetáculo O homem e a mancha, a partir do último texto dramático escrito pelo santiaguense Caio Fernando Abreu (1948-1996). Naquele 2006, marcavam-se os dez anos da morte desse escritor tão prolífico e versátil, que trafegou pela crônica, pelo conto, pelo romance e pelos textos para teatro. O homem e a mancha é, talvez, um de seus textos que mais investe na teatralidade, ao propor o desdobramento de personagens em outras personagens, atuadas, conforme Caio indica, por um mesmo ator.
A linha condutora dessa dramaturgia excessiva, cômica e lírica, são as aventuras de Dom Quixote de la Mancha, personagem do romance homônimo de Miguel de Cervantes (1547-1616), em suas andanças pela Espanha em companhia do amigo Sancho Pança.
Nossa encenação para o texto de Caio foi dirigida por Luciano Alabarse, de quem ele foi amigo, e contava no elenco com Marcelo Ádams, Cassiano Ranzolin, e os músicos Moysés Lopes e Mateus Mapa, que executavam a trilha sonora ao vivo. Recebi, pela atuação nesse espetáculo, o Prêmio Açorianos de Melhor Ator, concedido pela Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre.
A seguir, o espetáculo na íntegra, dividido em três partes:
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