EUGÈNE IONESCO
Nasceu na Romênia, em 1909, mas construiu sua carreira como dramaturgo e romancista na França, onde morreu em 1994. Considerado por Martin Esslin – autor do livro referencial O Teatro do Absurdo (1961) – como o autor da primeira peça do movimento homônimo (A cantora careca de 1950), Ionesco teve uma produção vasta e mundialmente conhecida. Admirador desde a infância do teatro de marionetes, encontrou no palco um lugar privilegiado para discutir as questões metafísicas que sempre o inquietaram. Foi professor de francês, ainda na Romênia e, uma vez estabelecido definitivamente em Paris, travou contato com André Breton e Luís Buñuel e suas ideias surrealistas, o que pode ser detectado em sua obra. Eugène Ionesco foi um dos seguidores da doutrina da patafísica, criada pelo dramaturgo Alfred Jarry em 1907, definida como “a ciência das soluções imaginárias e das leis que regulam as exceções”, e que se expressa através de uma linguagem nonsense, resultando em um modo pessoal e anárquico de explicar o absurdo da existência. Entre as peças mais conhecidas de Ionesco estão O rinoceronte, As cadeiras, Vítimas do dever e Jacques ou a submissão. Ionesco preferia que suas peças fossem chamadas de “insólitas” em vez de absurdas, e resumia assim a visão de mundo que defendia: “para um texto burlesco, uma interpretação dramática; para um texto dramático, uma interpretação burlesca’’.
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