Marcelo Ádams

Marcelo Ádams

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Biutiful

Javier Bardem concorre ao Oscar de Melhor Ator por este filme. A produção também concorre a Melhor Filme Estrangeiro. Pesado, quase desesperançado por vezes, mas que mantém nosso interesse, ávido, o tempo todo. 

domingo, 23 de janeiro de 2011

Brian de Palma Top 5

Por vários anos considerado injustamente como um simples reprodutor dos filmes de Alfred Hitchcock, através de homenagens e citações que inseria em seus próprios filmes, Brian de Palma (nascido em 1940), mostrou que trabalhar com recriações não é fácil; e mais, que isso também é arte. Esquecem, os detratores dessa forma de filmar, que a arte contemporânea se caracteriza justamente pelo sentido de colagem e intertextualidade. Quem não reconhece isso, está vivendo no século errado. De Palma nos deu momentos inesquécíveis do cinema. Meus cinco preferidos:

Carrie, a estranha (1976)


Vestida para matar (1980)


Dublê de corpo (1984)


Os intocáveis (1987)


O pagamento final (1993)

Tim Burton Top 5

O cineasta californiano Tim Burton, nascido em 1958, parece ter errado de lugar ao nascer. Sua sombria e "humornigérrima" filmografia indica que ele poderia ter nascido na quase gótica Nova Inglaterra, um dos estados mais sisudos e europeizados dos EUA. Mas foi nascendo na ensolarada Califórnia que Burton gerou suas impagáveis produções cinematográficas, não poucas vezes bizarras e desconcertantes. Os cinco momentos mais brilhantes de Tim Burton:


Os fantasmas se divertem (1988)


Edward Mãos de Tesoura (1990)


Batman, o retorno (1992)


Ed Wood (1994)


Sweeney Todd- O barbeiro demoníaco da Rua Fleet (2007)

sábado, 22 de janeiro de 2011

Abutres


Uma dica para quem reconhece a excelência do cinema argentino atual: o longa metragem Carancho, que no Brasil recebeu o título de Abutres, dirigido por Pablo Trapero. O filme está em cartaz nos cinemas de Porto Alegre, é admirável. Tem como pano de fundo as fraudes cometidas contra seguradoras, através de acidentes de automóvel simulados. Uma história surpreendente, forte, violenta, imperdível.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Jack Nicholson Top 5

Jack Nicholson é, talvez, o mais celebrado ator norte-americano vivo. Nascido em 1937, e intérprete em 75 produções, Nicholson é um dos meus favoritos. Lá vão cinco desempenhos arrasadores:

Interpretando
J. J. Gittes
 em Chinatown (1974)


Interpretando
R. P. McMurphy
em Um estranho no ninho (1975)


Interpretando
Jack Torrance
em O iluminado (1980)


Interpretando
Daryl Van Horne
em As bruxas de Eastwick (1987)


Interpretando
Coringa
em Batman (1989)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Robert de Niro Top 5

Robert de Niro (1943) recebeu nesta semana o prêmio Cecil B. de Mille pelo conjunto de sua obra, na cerimônia do Globo de Ouro, promovida pela associação dos críticos estrangeiros dos EUA. De Niro é mesmo um dos maiores atores da história do cinema, tendo participado de mais de 80 títulos como intérprete. Escolhendo com dificuldade, dado o grande número de atuações memoráveis, retiro as cinco maiores:

Interpretando
Vito Corleone
em O poderoso chefão II (1974)


Interpretando
Travis Bickle
em Taxi driver- Motorista de táxi (1976)


Interpretando
Jake La Motta
em Touro indomável (1980)


Interpretando
Leonard Lowe
em Tempo de despertar (1990)


Interpretando
Max Cady
em Cabo do medo (1991)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A LIÇÃO sai de cena

A CIA. DE TEATRO AO QUADRADO existe desde 2002, quando eu e a Margarida resolvemos produzir nossos próprios espetáculos, sem depender apenas de convites para participar de produções encabeçadas por outros encenadores. É claro que continuamos aceitando convites de fora, com muito prazer (trabalhamos, nesse período, em peças dirigidas por nomes como Luciano Alabarse, Decio Antunes, Élcio Rossini, Júlio Conte, Roberto Oliveira, Bob Bahlis, Luciana Éboli), mas quando se tem autonomia para escolher do que se quer falar sobre o palco, a satisfação é diferente, é como nutrir desde a gestação um filho que nasce um dia. Dos oito espetáculos que já montamos (A secreta obscenidade de cada dia, Escola de mulheres, Goela abaixo ou Por que tu não bebes?, Sofá, Burgueses pequenos, O médico à força, Mães & Sogras e A lição), não hesito em afirmar que A LIÇÃO foi um dos trabalhos mais importantes, pois levou às últimas consequências nossas convicções artísticas, provocando reações que iam desde a aclamação absoluta até a negação por parte daqueles que não suportavam ver-se confrontados com a realidade escancarada de forma tão crua em cena.
Para nós, eu e Margarida, a arte não pode ser apenas cômoda, ela deve, quando necessário, incomodar, provocar, polemizar, estranhar, fazer refletir. Não seguir manuais que roteirizam a forma como o teatro deve ser feito: essa é uma mentalidade tacanha, típica de quem fica passado com o tempo. Basta olhar para a história do teatro, e dar-se conta de que as maiores transformações na arte  (que depois seriam absorvidas pelo senso comum) sempre acontecem a partir do choque do inusitado. Quando isso acontece, a arte "estabelecida", "confortável", fica incomodada e abre o berreiro. Lembre-se que a arte dita "avançada" que é feita hoje em dia, dentro de alguns anos será também absorvida pelo grande público, num processo eterno e interminável. É assim, sempre será.
A LIÇÃO nos deu muita satisfação, muitas alegrias, e encerramos a temporada de 35 espetáculos no Teatro de Arena com a sensação de termos contribuído, sinceramente, com o estabelecimento e a grandeza do teatro que se faz em Porto Alegre, que hoje vive uma fase de excelente qualidade.
Como somos, antes de tudo, artistas, portanto incansáveis, eu e Margarida já pensamos em próximos projetos, outras vias de expressão em teatro. As dificuldades, que existem para todos que exercem essa profissão, não são suficientes para nós tirar do caminho que acreditamos ser justo, ético, honesto e sério.
Até a próxima estreia!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A LIÇÃO no Porto Verão Alegre

Nosso espetáculo A LIÇÃO, da obra de Eugène Ionesco, estará em cartaz no Porto Verão Alegre, para as últimas seis apresentações. A peça foi criada em razão do recebimento do Prêmio de Incentivo à Pesquisa Teatral no Teatro de Arena, e toda a encenação foi pensada especialmente para este tipo de palco. Assim, durante seis dias recriaremos o universo instigante e polêmico da fusão Ionesco/Hitchcock, que tantas discussões têm proporcionado em nossa cidade.
Dias 11, 12, 13, 14, 15 e 16 de janeiro, às 21 horas, no Teatro de Arena (Borges de Medeiros, 835), de terça a domingo, a última temporada de A LIÇÃO. Ingressos antecipados podem ser adquiridos nos postos de venda (http://www.portoveraoalegre.com.br/) ou no teatro.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Peter Greenaway Top 5

Quando encenamos A LIÇÃO, a partir da peça de Eugène Ionesco, escolhemos trabalhar com referências cinematográficas, das quais as mais evidentes são ao cinema de Alfred Hitchcock. No entanto, vários outros cineastas nos inspiraram - coisa que não foi percebida por nenhum comentador, provavelmente por falta de conhecimento das referências -, limitando-se os que escreveram sobre nossa encenação a apontar obviedades e, o que é pior, descartarem a inegável hibridização da linguagem teatral contemporânea. Hoje, autores do passado recebem tratamento contemporâneo, caso contrário não seria necessário remontar Shakespeare, ou Sófocles, ou Ionesco. Teatro se faz no aqui agora, pois é uma arte que existe no presente, e que não vive de nostalgia, trazendo ao palco questões igualmente contemporâneas, e não se alicerçando em conceitos e modos de agir ultrapassados. Bem, entre os cineastas que nos inspiraram está o galês Peter Greenaway (1942), especialmente com os filmes Afogando em números (1988) e O livro de cabeceira (1996). A genial obra de Greenaway merece um top 5:


Zoo- Um Z e dois zeros (1986)


A barriga do arquiteto (1987)


O cozinheiro, o ladrão, sua mulher e o amante (1989)


A última tempestade (1991)


O livro de cabeceira (1996)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

William Shakespeare Top 5

Obviamente não se trata aqui de escolher as cinco melhores peças do bardo inglês, mas as cinco melhores adaptações de suas intrincadas tramas para o cinema. Uma pesquisa mostra que existem cerca de 900 filmes adaptados de Shakespeare. Claro que não assisti a todos (existe um King John de 1899!), mas dos que assisti, escolho os cinco:

Hamlet
Direção de Laurence Olivier (1948)


Trono manchado de sangue
Direção de Akira Kurosawa (1957)
Versão de Macbeth


Amor, sublime amor
Direção de Robert Wise e Jerome Robbins (1961)
Versão de Romeu e Julieta

Ran
Direção de Akira Kurosawa (1985)
Versão de Rei Lear


Hamlet
Direção de Kenneth Branagh (1996)

domingo, 2 de janeiro de 2011

Stephen King Top 5

Houve um tempo, há uns 15 anos, mais ou menos, em que me interessei profundamente pela literatura do escritor norte-americano Stephen King (1947). Li tudo que ele havia escrito, bem como assisti às dezenas de adaptações feitas de seus romances e contos para a linguagem audiovisual. Ontem assisti a mais uma adaptação, chamada de A mansão Marsten (versão para o romance A hora do vampiro, um dos primeiros livros de King, da década de 1970). O filme não é grande coisa, mas também não é dos piores. Há, no entanto, algumas versões realmente impressionantes da obra de King. Lá vão elas:

Carrie, a estranha
Direção de Brian de Palma (1976)


O iluminado
Direção de Stanley Kubrick (1980)


Conta comigo
Direção de Rob Reiner (1986)


Louca obsessão
Direção de Rob Reiner (1990)


Um sonho de liberdade
Direção de Frank Darabont (1994)

sábado, 1 de janeiro de 2011

Réveillon nas alturas

Passamos a virada de ano no apartamento da Kátia Suman, no Centro de Porto Alegre, 19º andar, à beira da Avenida Mauá: ou seja, de frente para o Guaíba. Da janela se vê a Usina do Gasômetro e toda a queima de fogos. Foi muito bonito e aconchegante estar junto de pessoas tão carinhosas. Lá estavam o nosso amigo Bob Bahlis, que nos fez o convite (e autor da foto acima), a Bárbara, filha da Kátia e do Bob, o Caio Prates, sua irmã e sua mãe, de 89 anos, a Marta. Na foto, eu e a Margarida, torcendo por um 2011 ainda mais feliz e cheio de progressos.

Tragédia grega e Pink Floyd